sexta-feira, 17 de junho de 2016

Cristianismo Celta e a sua capacidade de dialogar com a cultura local.

Na Inglaterra a fé Cristã foi logo assimilada pela população e muito cedo deu origem a uma comunidade forte e atuante. O Cristianismo atingiu as Comunidades da Grã-Bretanha na fase final do domínio Romano e alastrou-se muito além das fronteiras imperiais, atingindo a Irlanda e a Escócia nos séculos V e VI.

O Cristianismo Celta demostrou uma grande inclinação para o Desenvolvimento do Espírito e para a vida comunitária. Isto pode ser demonstrado através do surgimento de Mosteiros em muitos lugares da Inglaterra; Escócia e Irlanda. Estas comunidades monásticas ficaram famosas pela disciplina caracteristicamente rigorosa e pela importância dada à piedade pessoal. A existência desdes Mosteiros por um lado gerava e por outro lado evidenciava uma segunda mardo do Cristianismo Celta, a saber, o compromisso missionário. Dentre tantos homens e mulheres que entregaram a sua vida para a Evangelização destas regiões podemos com certeza destacar a figura de Patrício e Columba.

A maior marca do Cristianismo Celta, talvez esteja na sua capacidade de dialogar com a cultura do lugar. Longe de estar afastado da realidade social e política do povo, o Cristianismo Celta ensejou um Cristianismo verdadeiramente autóctone, que se expressou tanto na liturgia, quanto na a Arte Sacra.


Revd. Pe. Wanderson R. P. da Silva Silva

quarta-feira, 15 de junho de 2016

História da Igreja Anglicana no Período Celta

Não se sabe ao certo quando a fé Cristã chegou à Inglaterra. Contudo há fortes indícios de que o Cristianismo atingiu a "Grande Ilha" antes mesmo do fim do Primeiro Século. Sabe-se que no ano 77, durante dura perseguição aos escravos nas Gálias, um grupo de cristãos fugiu da região de onde hoje é a França em direção às praias Britânicas; sabe-se também que entre inúmeros soldados romanos designados para guardar os muros da fronteira Norte na Bretanha, estavam muitos cristãos e finalmente temos conhecimento de que rotas comerciais não espalhavam apenas víveres e utensílios pelos mais distantes lugares do Mundo conhecido de então, mas da mesma forma, difundiam as novas ideias e as informações do Império.
Seria razoável, portanto, imaginar que a Boa Notícia do Cristianismo tivesse chegado à Inglaterra através de comerciantes cristãos. Não se sabe enfim, qual das possibilidades acima foi a responsável, nem mesmo se houve uma concorrência entre elas. Os únicos dados que dispomos são provenientes das declarações feitas por Tertuliano, segundo as quais, por volta do ano 2000 já havia uma considerável Comunidade Cristã na Bretanha; e os resultados de pesquisas arquelógicas que, segundo o Bispo Stephen Neil, embora sendo muito escassos, revelam a existência de uma Capela na Região de Kent, uma Igreja posterior em Silchester e a presença aqui e ali do símbolo Kirô (P X, que é a abreviação do nome de Cristo em Grego), sugerindo uma difusão bastante ampla do Evangelho na Bretanha Romana.
Devemos registrar que dentre todas as informações que estas possibilidades nos concedem uma é de fato surpreendente: A origem da Igreja da Inglaterra não está associada ao "trabalho oficial de missionários" designados para está missão específica, mas está ligado basicamente ao "trabalho da mão de obra leiga" que espalhou a fé Cristã por onde passava.
Rev. Pe. Wanderson R. P. da Silva Silva

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Contato com a IATB - Diocese da Bahia

Muitas pessoas, solteiras ou casadas, sentem-se chamadas para o Ministério Ordenado e/ou para a Vida Religiosa (Vida Consagrada), mas muitas vezes faltam-lhes o caminho ou os meios para realizar sua vocação.
Nós da Diocese da Bahia, que pertencemos a Igreja Anglicana Tradicional do Brasil, compreendemos que o chamado de Deus (a vocação religiosa, ordenação ministerial e Apostolado Leigo) é a resposta do ser humano ao desejo de Deus de que todos sigam a Jesus Cristo (cf. João 1, 35 – 51), na Construção do Reino de Deus.
Todas as pessoas que sintam o chamado de Deus para servir ao Seu povo, em comunhão com a Diocese da Bahia, são convidadas a entrar em contato conosco através do e-mail: diocesebahia@gmail.com

Atenciosamente,

Revmo. Dom Alfredo Dorea 

Atividades Pastorais da Diocese da Bahia







Ordenação Diaconal do Rev. Diácono Natanael Borges

O diácono na Sagrada Escritura: O termo “diácono” aparece no Novo Testamento com quatro significados. O primeiro é aquele da linguagem comum: “aquele que serve alguém” (Mc 9,35; Jo 2,5). O segundo é a apresentação de Cristo como servo do Pai (Mc 10,45; Lc 22,27). O terceiro está ligado a todos os cristãos, visto que eles são servos de Cristo e de seu Pai (Jo 12,26; ICor 3,5). O quarto sentido está ligado a um determinado cargo e função na Igreja Primitiva (Fl 1,1; ITm 3,8). Este último significado é aquele que corresponde a origem da ordem do diaconato.
De fato, é no Livro dos Atos dos Apóstolos que São Lucas nos narra os motivos da instituição do ministério dos diáconos. Na passagem de At 6,1-7, nos conta que os doze apóstolos escolheram sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria para se dedicarem a administração e ao serviço da caridade enquanto eles se dedicariam a oração e a pregação da Palavra. Apesar de não figurar a palavra “diácono” neste relato, aparece o nome dos sete primeiros (Estêvão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau) e, mais tarde, o texto os apresenta pregando a Palavra e batizando (At 6,8-14; 8,5-13). Deve se notar, ainda, a imposição das mãos, acompanhada da oração, realizada pelos Apóstolos sobre os sete escolhidos para o serviço (At 6,6).
A Ordem confere ao diácono um sinal que não pode ser apagado, pois o configura ao Cristo servidor de todos.Por conseguinte, o diácono se torna um “imitador” da vida do Senhor, prolongando no mundo o serviço iniciado por Ele.Seguindo a prática das primeiras comunidades cristãs, testemunhada na Sagrada Escritura e conservada na Tradição, a Igreja continua escolhendo homens que possam exercer um ministério de serviço. Para isto, o rito essencial da ordenação diaconal é a imposição das mãos e a oração realizada pelo Bispo. Esta oração pede a Deus Pai que consagre o ordenando como diácono e que envie sobre ele os dons do Espírito Santo para que ele possa exercer com fidelidade oministério de serviço. Nela se apresenta o que se espera de um diácono: amor sincero, solicitude para com os pobres e os enfermos, autoridade discreta, simplicidade de coração e uma vida segundo o Espírito Santo.
Rev.Natanael Borges 

Ser Anglicano