
De fato, é no Livro dos Atos dos Apóstolos que São Lucas nos narra os motivos da instituição do ministério dos diáconos. Na passagem de At 6,1-7, nos conta que os doze apóstolos escolheram sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria para se dedicarem a administração e ao serviço da caridade enquanto eles se dedicariam a oração e a pregação da Palavra. Apesar de não figurar a palavra “diácono” neste relato, aparece o nome dos sete primeiros (Estêvão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau) e, mais tarde, o texto os apresenta pregando a Palavra e batizando (At 6,8-14; 8,5-13). Deve se notar, ainda, a imposição das mãos, acompanhada da oração, realizada pelos Apóstolos sobre os sete escolhidos para o serviço (At 6,6).
A Ordem confere ao diácono um sinal que não pode ser apagado, pois o configura ao Cristo servidor de todos.Por conseguinte, o diácono se torna um “imitador” da vida do Senhor, prolongando no mundo o serviço iniciado por Ele.Seguindo a prática das primeiras comunidades cristãs, testemunhada na Sagrada Escritura e conservada na Tradição, a Igreja continua escolhendo homens que possam exercer um ministério de serviço. Para isto, o rito essencial da ordenação diaconal é a imposição das mãos e a oração realizada pelo Bispo. Esta oração pede a Deus Pai que consagre o ordenando como diácono e que envie sobre ele os dons do Espírito Santo para que ele possa exercer com fidelidade oministério de serviço. Nela se apresenta o que se espera de um diácono: amor sincero, solicitude para com os pobres e os enfermos, autoridade discreta, simplicidade de coração e uma vida segundo o Espírito Santo.
Rev.Natanael Borges
Nenhum comentário:
Postar um comentário