Não se sabe ao certo quando a fé Cristã chegou à Inglaterra. Contudo há fortes indícios de que o Cristianismo atingiu a "Grande Ilha" antes mesmo do fim do Primeiro Século. Sabe-se que no ano 77, durante dura perseguição aos escravos nas Gálias, um grupo de cristãos fugiu da região de onde hoje é a França em direção às praias Britânicas; sabe-se também que entre inúmeros soldados romanos designados para guardar os muros da fronteira Norte na Bretanha, estavam muitos cristãos e finalmente temos conhecimento de que rotas comerciais não espalhavam apenas víveres e utensílios pelos mais distantes lugares do Mundo conhecido de então, mas da mesma forma, difundiam as novas ideias e as informações do Império.
Seria razoável, portanto, imaginar que a Boa Notícia do Cristianismo tivesse chegado à Inglaterra através de comerciantes cristãos. Não se sabe enfim, qual das possibilidades acima foi a responsável, nem mesmo se houve uma concorrência entre elas. Os únicos dados que dispomos são provenientes das declarações feitas por Tertuliano, segundo as quais, por volta do ano 2000 já havia uma considerável Comunidade Cristã na Bretanha; e os resultados de pesquisas arquelógicas que, segundo o Bispo Stephen Neil, embora sendo muito escassos, revelam a existência de uma Capela na Região de Kent, uma Igreja posterior em Silchester e a presença aqui e ali do símbolo Kirô (P X, que é a abreviação do nome de Cristo em Grego), sugerindo uma difusão bastante ampla do Evangelho na Bretanha Romana.
Devemos registrar que dentre todas as informações que estas possibilidades nos concedem uma é de fato surpreendente: A origem da Igreja da Inglaterra não está associada ao "trabalho oficial de missionários" designados para está missão específica, mas está ligado basicamente ao "trabalho da mão de obra leiga" que espalhou a fé Cristã por onde passava.
Rev. Pe. Wanderson R. P. da Silva Silva
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