Eduardo
era conhecido pela sua piedade e por isso tomou o nome de “O Confessor”. Tendo
vivido na Normandia desde a sua infância, possuía uma cosmovisão e lealdade
próprias dos normandos. Aos ingleses não via como compatriotas, mas como
bárbaros. Por causa de sua formação, ele se acercou aos artesãos normandos e fez com que os mesmos preenchessem os Altos Cargos Eclesiásticos com pessoas provenientes daquela
região. O resultado foi o estabelecimento de uma Elite Normanda poderosa que se
acercava do Trono.
Obviamente que os resultados desta “invasão” normanda da Inglaterra
influenciou profundamente a Igreja. De fato “o efeito mais significativo da
conquista normanda foi o de dar nova vida e vigor à Igreja da Inglaterra e
trazê-la, ainda mais, para o alinhamento com a Igreja do continente”. Uma das
áreas que pode ser apontada como sendo profundamente desenvolvida durante este
período foi a da vida religiosa. Até então só haviam Mosteiros Beneditinos na
Inglaterra.
É só com o domínio normando que a Igreja inglesa se abre para receber
outras Ordens em seu território. O alinhamento com o continente possuía também
consequências negativas. É a partir desta data que a Igreja da Inglaterra passa
a se submeter de forma mais profunda à Igreja Romana. Esta subserviência, no
entanto, vai gerar reações em várias áreas, o que ensejará, no futuro, em um
clima propicio para a Reforma Protestante. Como sabemos, sempre houve uma certa insatisfação na Igreja inglesa por
ter que se submeter a uma Igreja estrangeira (Romana). Esta animosidade se
intensifica a partir do décimo segundo século e dá início a tensões que se
tronam inevitáveis.
Por Wanderson Rodrigo.
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